Páginas

domingo, 26 de abril de 2015

EDITORIAL

Características de um editorial

·         Expressa a opinião do jornal sobre um assunto da atualidade e quase sempre polêmico;
·         Intenção de persuadir os leitores, esclarecer ou alterar seus pontos de vista, alertar a sociedade e, às vezes, até mobilizá-la;
·         Tese ou ponto de vista fundamentado por comparações, exemplificações, depoimentos, pesquisas e dados estatísticos, citações, retrospectivas históricas, etc;
·         Estrutura convencionalmente organizada em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão;
·         Linguagem clara, objetiva e impessoal; uso da variedade padrão formal da língua.

Português Linguagens - Literatura - Produção de Texto – Gramática. Ensino Médio- Vol. Único. Cereja, William Roberto; Magalhães, Thereza Cochar / ATUAL


1.    Na introdução, já se presume o assunto do texto, que trata sobre

(A)           A proibição da venda de bebidas alcoólicas a menores.
(B)           As leis que não cumpridas no Brasil.
(C)           A nova lei contra o consumo de bebidas alcoólicas por adolescentes.
(D)           O consumo de álcool entre adolescentes de 12 a 17 anos.

2.    A tese do autor está fundamentada em

(A)           Dados informativos comparativos.
(B)           Citações de autores e livros.
(C)           Depoimentos e dados históricos.
(D)           Dados estatísticos baseados em pesquisas.

3.    Para escrever um EDITORIAL o autor precisa

(A)           Criar fatos e personagens conforme sua imaginação.
(B)           Utilizar-se de um assunto pouco conhecido pelos leitores.
(C)           Falar sobre uma realidade polêmica.
(D)           Ser complexo e utilizar um vocabulário acima do padrão.

4.    O texto tem a finalidade de

(A)           Informar sobre a nova lei de venda de bebidas alcoólicas a menores.
(B)           Descrever os fatores que levam o adolescente a consumir álcool.
(C)           Convencer sobre os prós e contras impostos pela nova lei.
(D)           Instruir a respeito das multas estabelecidas pela nova lei.

5.    O texto apresenta características, principalmente

(A)           Narrativas
(B)           Argumentativas
(C)           Descritivas
(D)           Instrucionais

6.    No último parágrafo do texto, quando diz “a nova lei acerta ao reforçar restrições e impor multas mais pesadas, mas exagera na dose nos pontos acima observados – que deveriam ser revistos”, o autor revela

(A)           Sua opinião pouco crítica acerca da nova lei.
(B)           Uma crítica demasiadamente severa sobre as restrições e multas.
(C)           Seu ponto de vista de aceitação e rejeição quanto à nova lei.
(D)           O ponto de vista de grande parte da população, através de depoimentos.

7.    O texto foi escrito utilizando-se de uma linguagem

(A)           Popular, sem observar a regras gramaticais.
(B)           Padrão, com regras linguísticas definidas.
(C)           Com gírias, pois está endereçado a um público alvo: adolescentes.
(D)           Regional, especificando, principalmente, um dialeto.

8.    No trecho “... e quatro em cada dez conseguem comprar álcool sem restrições” (parag. 1), a palavra destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido do texto, por

(A)           Limitações
(B)           Medo
(C)           Punições
(D)           Regulamentos

9.    “A nova lei Anti-álcool erra, porém, ao transferir para os estabelecimentos comerciais a total responsabilidade pelo consumo de bebida por menores...” (parag. 3)
A conjunção PORÉM comumente é utilizada como conjunção coordenada adversativa. No entanto, nesse contexto ela assume outro valor semântico, que seria

(A)           Aditivo
(B)           Alternativo
(C)           Conclusivo
(D)           Explicativo

10.           No trecho “O ponto mais contestável é o enquadramento do comerciante ainda que a bebida seja comprada legalmente...” (parag. 4), a expressão destacada pode ser substituída, sem alteração do sentido do texto, por

(A)           À medida que
(B)           Mesmo que
(C)           Para que
(D)           Já que

11.           Em “A nova lei acerta ao reforçar restrições e impor multas mais pesadas, mas exagera na dose...” (parag. 7), a palavra destacada exprime idéia de

(A)           Causa
(B)           Conseqüência
(C)           Adversidade
(D)           Adição

12.           No trecho, “Diante desse quadro, é salutar a nova lei estadual que busca endurecer as regras contra o consumo de álcool por adolescentes” (parag. 1), a palavra destacada foi utilizada em substituição do termo ou expressão

(A)           Nova lei estadual.
(B)           Desse quadro.
(C)           Regras
(D)           Consumo de álcool.

13.           Quando o autor utiliza o vocábulo SEGUNDO no trecho: “Idealizada segundo as regras de “tolerância zero”, a nova lei anti-álcool erra...” (parag.3), o autor tem a intenção de

(A)           Explicar a causa da idealização da nova lei.
(B)           Mostrar que ainda existem adversidades quanto à nova lei.
(C)           Apontar a finalidade da nova lei.
(D)           Apresentar a conformidade de idealização da nova lei.



Sugestão de sequência didática para trabalhar com gênero:

1. Antes de ler o texto com os alunos, escreva o título na lousa e peça que reflitam sobre ele, fazendo a antecipação do assunto do texto;

2. Entregue uma cópia do texto aos alunos, leia com eles e debata sobre o tema;

3. Trabalhe após a leitura as características do gênero textual EDITORIAL e peça que eles comprovem cada uma delas com trechos do texto. Esse trabalho pode ser realizado oralmente;

4. Em seguida, concede um tempo para que os estudantes respondam o exercício. Corrija com eles, esclarecendo-lhes suas principais dúvidas.

P.S. Se você pretende terminar o trabalho com a produção do editorial, é necessário promover a leitura de outros modelos desse gênero para que dessa forma os estudantes internalizem as respectivas características e possam aplicá-las em sua produção.

EDITORIAL


Texto: ALÉM DA DOSE

EDITORIAL FOLHA DE SP - 24/11/11

Quinta-feira, Novembro 24, 2011

A proibição da venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos é uma daquelas leis que jamais foram cumpridas com rigor no Brasil. Uma pesquisa recente encomendada pelo governo do Estado de São Paulo mostrou que um em cada cinco adolescentes entre 12 e 17 anos bebe regularmente, e quatro em cada dez conseguem comprar álcool sem restrições.Diante desse quadro, é salutar a nova lei estadual que busca endurecer as regras contra o consumo de álcool por adolescentes.

Em vigor desde o fim de semana passado, a legislação impõe multas de R$ 1.745 a R$ 87.250 a estabelecimentos que vendam bebida alcoólica a menores de idade. Assim como ocorreu com a bem-sucedida lei antifumo, a expectativa de punição deve reforçar os controles de bares e supermercados e tornar mais difícil o acesso de adolescentes ao álcool.

Idealizada segundo as regras da "tolerância zero", a nova Lei Antiálcool erra, porém, ao transferir para os estabelecimentos comerciais a total responsabilidade pelo consumo de bebida por menores, mesmo em situações que não estão sob seu controle.

O ponto mais contestável é o enquadramento do comerciante ainda que a bebida seja comprada legalmente por um maior e repassada a um menor. Não é razoável imaginar que os bares tenham bedéis para verificar e proibir, por exemplo, um pai de oferecer um copo de cerveja a seu filho. A pena, se coubesse, deveria recair sobre o adulto irresponsável, não sobre o comerciante.

O Sindicato de Bares e Restaurantes também reclama, com razão, da multa a quem vender bebida para jovem com documento de identidade falsificado. A não ser que se trate de uma montagem grosseira, é exigir demais que os vendedores se transformem em peritos a detectar fraudes em carteiras.

O terceiro aspecto sob contestação, a obrigatoriedade de geladeiras separadas para bebidas alcoólicas e outras, também é controverso. Além de gerar custo extra para os comerciantes - que pode ser expressivo em alguns casos -, sua utilidade é duvidosa.

A nova lei acerta ao reforçar restrições e impor multas mais pesadas, mas exagera na dose nos pontos acima mencionados - que deveriam ser revistos.

Disponível em:http://arquivoetc.blogspot.com/2009/03/editoriais-dos-principais-jornais-do_10.html

EDITORIAL - 9º ANO

Editorial: artigo de opinião em que se discute uma questão ou assunto, apresentando-se o ponto de vista do jornal, da empresa jornalística ou do redator-chefe, da emissora de rádio ou televisão ou do responsável pelo programa. É também conhecido como artigo de fundo. Não vem assinado, diferentemente dos artigos de opinião.
"A mulher no poder"

Carregada de simbolismos e desafios, a chegada da primeira mulher à Presidência da República marca a história do País. Do alto dos mais de 55 milhões de votos, Dilma Vana Rousseff conquistou neste domingo 31, aos 62 anos, a condição de 36º ocupante do cargo. É a 19ª vez que a escolha foi feita pelo voto direto. E a ascensão de Dilma completa alguns ciclos importantes na trajetória política do País. Há exatos 25 anos era decretado o fim do regime militar, contra o qual ela lutou, pegando inclusive em armas para resistir à ditadura. Com Dilma, a geração que nos anos 60/70 defendeu ideias revolucionárias finalmente assume o poder. Já se vão mais de oito décadas desde que as primeiras mulheres obtiveram o título de eleitor e o direito a votar. E de lá para cá o colégio eleitoral assumiu uma condição majoritariamente feminina – neste ano, 70,3 milhões de eleitores são mulheres, cinco milhões a mais que os homens, ou 51,8% do total. É um sinal importante.
O Brasil, que por séculos subjugou o papel feminino, que ainda hoje ignora direitos básicos da mulher e lhe impõe a injustiça financeira e profissional no mercado de trabalho, colocou uma delas no posto máximo da Nação. Já não era sem tempo. Grandes mulheres no último século estiveram no comando e fizeram a diferença. De Indira Gandhi, na Índia, a Golda Meir, em Israel, passando por Margaret Thatcher na Inglaterra, muitas deixaram a marca de estadistas. Na nova geração, Dilma vem se unir a Angela Merkel, da Alemanha, e Cristina Kirchner, da Argentina – além de Michelle Bachelet, do Chile, que acaba de deixar o posto – como dirigentes-chaves a influir nos destinos globais.
Sem precedentes, Dilma tomará posse como primeiro mandatário a contar com uma maioria absoluta de deputados e senadores aliados, conquistada diretamente nas urnas e não através do balcão de negócios fisiológicos do Congresso. Assim a ex-guerrilheira, a ex-ministra de Lula, a técnica detalhista, a aluna aplicada do Colégio Sion, a menina da burguesia mineira terá condições excepcionais para governar. Levada ao poder pelas mãos de um líder carismático e no bojo de uma economia que segue com resultados promissores, ela encontrará também enormes batalhas pela frente. Na liturgia do cargo terá de unificar correntes, driblar preconceitos e encaminhar as esperadas – e necessárias – reformas política e tributária. Nesse último aspecto, brasileiros de todas as vertentes e credos almejam que, pela primeira vez de fato, um chefe de Estado tenha coragem e disposição de rever a complexa estrutura de impostos, que hoje faz do governo sócio em quase metade de tudo produzido aqui. Só assim será possível garantir a permanência do País no trilho do desenvolvimento e da equidade social.
É bem verdade que a vitória de Dilma pode se explicar em parte pela inclusão – com quase 30 milhões de novos consumidores incorporados à economia –, mas essa ainda é uma Nação injusta, dividida, pobre e com atrasos latentes em várias áreas e regiões. Uma boa perspectiva e esperança se abrem com a promessa da presidente eleita de escalar como a maior de suas metas a erradicação da pobreza. Pelo perfil técnico e absolutamente pragmático na tomada de decisões, Dilma carrega reais chances de conduzir, com equilíbrio e eficiência, a gestão da coisa pública. Mas precisa mitigar a imagem que lhe foi imputada de uma administradora a favor do Estado inchado e controlador e, acima de tudo, estabelecer uma marca de realizações que a diferencie daquela mitificada e incandescente do seu mentor.
Interna e externamente, há um longo trabalho a realizar. O mundo já vê o Brasil com olhos bem diferentes, dentro do prisma de desenvolvimento acelerado e das reformas sociais em andamento. E com Dilma aguardam uma política externa mais pragmática, menos ideológica e passional, sem a preocupação de um protagonismo exacerbado. No plano nacional, o discurso de união terá de entrar imediatamente na ordem do dia. E ela já sinalizou com isso. Na mensagem de vitória, pregou a necessidade de diálogo com a oposição, de um projeto conciliador que consolide o Brasil entre as maiores repúblicas democráticas do mundo. Por esse caminho, Dilma começa bem.

RESPONDA AS QUESTÕES ABAIXO DE ACORDO COM O TEXTO ACIMA:

1ª) Qual o tema desse editorial?
2ª) Qual o número de votos recebidos por Dilma?
3ª) O editorial fala de algumas conquistas importantes para a democracia brasileira. Destaque essas conquistas e explique como a vitória de Dilma se insere nelas.
4ª) Indique algumas mulheres que, nos últimos anos, conquistaram cargos importantes no poder.
5ª) Que desafios a presidente terá, segundo o editorial?
6ª) Por que o editorial afirma que a presidente começa bem o seu futuro governo?


Slide Aula sobre EDITORIAL