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quinta-feira, 23 de julho de 2015

Metáforas da Cozinha


Você já reparou que existem inúmeras metáforas envolvendo alimentos no português do Brasil? Conheça a seguir algumas expressões já incorporadas em nosso dia a dia.
Quando temos um problema para resolver, algo bem trabalhoso, dizemos que trata-se de um "abacaxi" ou de um "pepino".
Já uma tarefa muito fácil, chamamos de "mamão com açúcar".
Pessoa sem atitude ou desatenta, diz-se "banana".
Já "docinho de coco" costuma estar associado a uma pessoa meiga e querida.
Um indivíduo que se acha o maioral, chamamos de "rei da cocada preta”.
Quando temos certeza que algo vai acontecer, dizemos que "é batata". Se um problema sobra para a gente resolver, ficamos "com a batata quente na mão".
Se, por falta de assunto alguém fica enrolando a conversa ou um trabalho escolar, diz-se que a pessoa está "enchendo linguiça".
Quando alguém está confuso ou misturando os fatos, dizemos que está "fazendo a maior salada de frutas".
Se uma pessoa toma uma atitude exagerada, sem medir consequências, dizemos que ela está "enfiando o pé na jaca".
Quando duas ou mais pessoas têm o mesmo caráter, diz-se que são "farinha do mesmo saco". (Expressão geralmente usada no sentido pejorativo).
Se algo ou alguém representa um alvo fácil, diz-se que "está "dando sopa".
"Quando uma pessoa diz bobagens ou coisas sem sentido, ela está "falando abobrinha".
Uma pessoa muito emotiva costuma ser chamada de "manteiga derretida".
Quando alguém imagina ou diz algo que não condiz com a realidade, diz-se que essa pessoa está "viajando na maionese".
Se uma pessoa comprovadamente culpada não é punida, dizemos que a situação "acabou em pizza".

Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/curiosidades/Curiosidade_comidas.php

Devemos usar itálico para grafar as palavras estrangeiras?


Depende. Sabe-se que, na produção de textos escritos em língua portuguesa, recomenda-se que sejam grafadas em itálico as palavras estrangeiras que ainda não tenham sido incorporadas ao idioma. Nesse sentido, é importante que se conheça uma série de palavras que não requerem o uso do itálico, uma vez que já foram incorporadas ao português.
De acordo com o Manual de Comunicação do Senado Federal, não se utiliza itálico nos seguintes estrangeirismos:

A: a posteriori, a priori, abstract, ad hoc, affaire, airbag, antidoping
B: baby, baby-doll, baby-sitter, backup, bacon, banner, barman, bar-mitzvá, beagle, best-seller, bit, blitz, blog, blues, blush, boom, breakfast, brie, briefing, brownie, browser, brunch, buffet, bug, bureau, byte
C: camping, campus, caput, carpaccio, cashmere, chantilly, chat, checklist, check-in, check-out, check-up, cheddar, chef, chester, chip, chop-suey, clipping, close, closet, coffee-break, commodity, copyright, corpus, curry
D: deadline, default, design, designer, desktop, display, doping, download, drink, dumping
E: e-book, e-mail, expert, expertise
F: factoring, fast-food, feedback, feeling, flash, flashback, flat, fondue, freelancer, free shop, freezer, funk
G: gadget, game, gay, gentleman, gigabyte, glamour, golf, gospel, gourmet, grill, gruyère
H: habeas corpus, habeas data, hacker, hall, hamster, happy hour, hardware, hit, hobby
I: iceberg, influenza, in natura, in vitro, input, insight, ipsis litteris
J: jazz, jeans, jingle, jogging, joystick
K: kart, ketchup, know-how
L: lady, laptop, laser, lato sensu, leasing, light, link, lobby, log in, log off, log on
M: make-up, marketing, marshmallow, mignon, milk-shake, miss, mister, mouse, muffin
N: nécessaire, net, notebook, nylon
O: off, office-boy, off-line, on-line, outdoor, outlet, overbooking, oxford
P: paella, patchwork, pedigree, pen drive, per capita, performance, pickles, pickup, piercing, pin-up, pixel, pizza, playback, playboy, playground, pole-position, poodle, pub, punk
Q: quantum, quiche, quorum
R: rack, rafting, ranking, rap, rapper, rave, recall, record, reggae, relax, release, remake, replay, resort, réveillon, revival, rock, round, royalty, rush
S: script, self-service, set, shopping, show, showroom, shoyu, sic, site, slide, slogan, smoking, smartphone, spam, spray, staff, standard, stand-by, status, stretch, stricto sensu, sushi
T: tablet, tailleur, Teflon, telemarketing, ticket, timer, top, tour, trailer, transfer, trash, tsunami
U: underground, upgrade, upload
V: van, versus, videogame, viking
W: waffle, web, webmaster, wi-fi, whisky, workaholic, workshop
Y: yakisoba, yang, yin, yin-yang, yorkshire-terrier
Z: zoom

Adaptado de: http://www12.senado.gov.br/manualdecomunicacao

Fonte:http://www.soportugues.com.br/secoes/curiosidades/Curiosidades_italico.php

segunda-feira, 8 de junho de 2015

O SOLO


Como o solo se formou

A camada de rochas na superfície da Terra está, há milhões de anos, exposta a mudanças de temperatura e à ação da chuva, do vento, da água dos rios e das ondas do mar. Tudo isso vai, aos poucos, fragmentando as rochas e provocando transformações químicas. Foi assim, pela ação do intemperismo, que, lentamente, o solo se formou. E é dessa mesma maneira que está continuamente se remodelando.
Os seres vivos também contribuem para esse processo de transformação das rochas em solo. Acompanhe o esquema abaixo:


1.               A chuva e o vento desintegram as rochas.
2.               Pedaços de liquens ou sementes são levados pelo vento para uma região sem vida. A instalação e a reprodução desses organismos vão aos poucos modificando o local. Os liquens, por exemplo, produzem ácidos que ajudam a desagregar as rochas. As raízes de plantas que crescem nas fendas das rochas irão contribuir para isso.
3.               A medida que morrem, esses organismos enriquecem o solo em formação com matéria orgânica e, quando ela se decompõe, o solo se torna mais rico em sais minerais. Outras plantas, que necessitam de mais nutrientes para crescer, podem então se instalar no local. Começa a ocorrer o que se chama de sucessão ecológica: uma série de organismos se instala até que a vegetação típica do solo e do clima da região esteja formada.

O que existe no solo
Há muitos tipos de solo. A maioria deles é composta de areia e argila, vindas da fragmentação das rochas, e de restos de plantas e animais mortos (folhas, galhos, raízes, etc.). Esses restos estão sempre sendo decompostos por bactérias e fungos, que produzem uma matéria orgânica escura, chamadas húmus. À medida que a decomposição continua, o húmus vai sendo transformado em sais minerais e gás carbônico. Ao mesmo tempo, porém, mais animais e vegetais se depositam no solo e mais húmus é formado.
decomposição transforma as substâncias orgânicas do húmus em substâncias minerais, que serão aproveitadas pelas plantas. Desse modo, a matéria é reciclada: a matéria que formava o corpo dos seres vivos acabará fazendo novamente parte deles depois de decomposta.
Vemos, então, que o solo é formado por uma parte mineral, que se originou da desagregação das rochas, e por uma parte orgânica, formada pelos restos dos organismos mortos e pela matéria orgânica do corpo dos seres vivos que está sofrendo decomposição. Vivem ainda no solo diversos organismos, inclusive as bactérias e os fungos, responsáveis pela decomposição da matéria orgânica dos seres vivos.
Nos espaços entre os fragmentos de rochas, há ainda água e ar - ambos importantes para o desenvolvimento das plantas.
 

Por baixo da camada superficial do solo encontramos fragmentos de rochas. Quanto maior a profundidade em relação ao solo, maiores são também os fragmentos de rocha.
O ser humano retira recursos minerais das camadas abaixo do solo. Parte da água da chuva, por exemplo, se infiltra no solo, passando entre os espaços dos grãos de argila e de areia. Outra parte vai se infiltrando também nas rochas sedimentares e em fraturas de rochas, até encontrar camadas de rochas impermeáveis. Formam-se assim os chamados lençóis de água ou lençóis freáticos, que abastecem os poços de água.
Finalmente, na camada mais profunda da crosta terrestre, encontramos a rocha que deu origem ao solo - a rocha matriz. 


fonte:http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Solo/Solo7.php 

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Entre as rosas

Era final de inverno...
Mais um ano havia passado e não se chegara a nenhuma conclusão.
Os partidários das diversas facções, dia após dia, perdiam-se em longas e intermináveis discussões sobre esta ou aquela candidata, sem chegarem a um consenso.
Decantava-se a beleza da papoula, as qualidades das alfazemas, o perfume dos cravos, as virtudes de pureza e humildade de lírios e violetas.
Tudo em vão...
Num canto despretensioso do mundo, onde as espécies vegetais cresciam silenciosamente, um pequeno arbusto travava sua luta diária pela sobrevivência, alheio a toda sorte de discussões.
Conformado com sua forma tosca, retorcida, prenhe de espinhos pontiagudos e consciente de que nunca alcançaria a beleza de um dente-de-leão, acostumara-se a ser desprezado e humilhado sem, no entanto, deixar de prestar atenção nas pequenas criaturas que dependiam de sua existência para sobreviver.
A elas dedicava a sua vida, emprestando a segurança de seu tronco e ramos para abrigar insetos das chuvas e ventanias.
Era feliz pois, se não tinha a beleza, tinha a utilidade. E isso lhe bastava.
Naquela manhã fria de final de invernia, ainda não totalmente desperta da noite, a plantinha rude viu despregar do céu uma linda estrela cor de prata.
Sorrindo, acompanhou-lhe a trajetória em arco perfeito pelo céu escuro, descendo, descendo... em direção à floresta ainda adormecida.
Era tão suave e linda aquela forma que, instintivamente, todos na floresta, árvores, arbustos, pássaros e flores, acordados pela luz repentina, curvavam-se para vê-la passar.
A estrela flutuou entre sorrisos, agradecendo a simpatia da floresta, até chegar perto do arbusto cheio de espinhos.
Aproximou-se lentamente da plantinha e falou-lhe docemente:
Não te inscrevestes na eleição da rainha das flores, por isso vim pessoalmente buscar-te...
Mas, senhora... Gaguejou a planta. Eu? Como posso aspirar a ser rainha de qualquer coisa... Não vedes o quanto sou feia!!
O Senhor da Vida ordenou-me que viesse buscá-la...
Se este é o seu desejo... aqui me tendes, senhora...
E partiram em um rastro de luz, na direção do Conselho das flores.
As demais candidatas riram-se da pretensiosa intenção daquele feio arbusto.
A plateia silenciou quando entrou no ambiente a primavera, anunciada pelo som de mil clarins.
O arbusto, espantado, reconheceu a estrela que a trouxera até ali.
Então, senhores conselheiros - questionou a primavera - o Senhor da Vida deseja saber se já encontraram a legítima representante de seu reino.
Não, senhora. Estávamos para decidir-nos, quando fomos interrompidos pela vaidade dessa planta sem qualidades que aí está. Vede! Quanta ousadia...
A primavera voltou-se para a plantinha que chorava de vergonha e humilhação e perguntou:
O que mais desejas nesta vida? E a planta respondeu entre lágrimas...
Amar e ser amada...
A primavera, então, tocou os galhos espinhosos e, logo, botões surgiram dos galhos seminus, abrindo-se em mil pétalas sedosas, de perfume inesquecível...
Qual é o teu nome? Perguntaram todos.
Eu sou a rosa...
*   *   *
Quando o amor tocar os espinheiros do mundo, as rosas brotarão em cada alma. Tal é a Lei de amor, como ensinou Jesus...

Abra seu coração


A sala estava repleta de convidados, todos curiosos para ver a obra de arte, ainda oculta sob o pano branco.
Falava-se que o quadro era lindo.
As autoridades do local estavam presentes, entre fotógrafos, jornalistas e outros convidados porque o pintor era, de fato, muito famoso.
Na hora marcada, o pano que cobria a pintura foi retirado e houve caloroso aplauso.
O quadro era realmente impressionante.
Tratava-se de uma figura de Jesus, batendo suavemente na porta de uma casa.
O Cristo parecia vivo. Com o ouvido junto à porta, Ele desejava ouvir se lá dentro alguém respondia.
Houve discursos e elogios.
Todos admiravam aquela obra de arte perfeita.
Contudo, um observador curioso achou uma falha grave no quadro: a porta não tinha fechadura.
Dirigiu-se ao artista e lhe falou com interesse: A porta que o senhor pintou não tem fechadura. Como é que o Visitante poderá abri-la?
É assim mesmo, respondeu o pintor calmamente.
A porta representa o coração humano, que só abre pelo lado de dentro.

*   *   *

Muitas vezes mal interpretado, outras tantas, desprezado, grandemente ignorado pelos homens, o Cristo vem tentando entrar em nossa casa íntima há mais de dois milênios.
Conhecedor do caminho que conduz à felicidade suprema, Jesus continua sendo a Visita que permanece do lado de fora dos corações, na tentativa de ouvir se lá dentro alguém responde ao Seu chamado.
Todavia, muitos O chamamos de Mestre mas não permitimos que Ele nos ensine as verdades da vida.
Grande quantidade de cristãos fala que Ele é o médico das almas, mas não segue as Suas prescrições.
Tantos dizem que Ele é o irmão maior, mas não permitem que coloque a mão nos seus ombros e os conduza por caminhos de luz...
Talvez seja por esse motivo que a Humanidade se debate em busca de caminhos que conduzem a lugar nenhum.
Enquanto o Cristo espera que abramos a porta do nosso coração, nós saímos pelas janelas da ilusão e desperdiçamos as melhores oportunidades de receber esse Visitante ilustre, que possui a chave que abre as portas da felicidade que tanto desejamos.
E se você não sabe como fazer para abrir a porta do seu coração, comece por fazer pequenos exercícios físicos, estendendo os braços na direção daqueles que necessitam da sua ajuda.
Depois, faça uma pequena limpeza em sua casa íntima, jogando fora os detritos da mágoa, da incompreensão, do orgulho, do ódio...
Em seguida, busque conhecer a proposta de renovação moral do Homem de Nazaré.
Assim, quando você menos esperar, Ele já estará dentro do seu coração como convidado de honra, para guiar seus passos na direção da luz, da felicidade sem mescla que você tanto deseja.

*  *  *

O olhar de Jesus dulcificava as multidões.
Seus ouvidos atentos descobriam o pranto oculto e identificavam a aflição onde se encontrasse.
Sua boca, plena de misericórdia, somente consolou, cantando a eterna sinfonia da Boa Nova em apelo insuperável junto aos ouvidos dos tempos, convocando o homem de todas as épocas à conquista da felicidade.


A paz do mundo e a paz interior

A maior parte dos seres humanos deseja a paz no Mundo. É como um sonho coletivo: nada de guerras, de conflitos originados por preconceitos ou disputas políticas e religiosas.
Entretanto, muitos se esquecem de um detalhe: a paz é o resultado de uma construção de pessoas, grupos, comunidades e povos.
Ela nasce, muito antes, no coração de cada um de nós.
“A paz do mundo começa em mim. Se tenho amor, com certeza sou feliz. Se faço o bem ao meu irmão, tenho a grandeza dentro do meu coração.”
A música do compositor Nando Cordel é uma bela tradução do verdadeiro espírito da paz.
Um sentimento que deve estar dentro da alma dos que desejam ver o Mundo mais aprimorado, do ponto de vista moral.
Mas há uma pergunta importante em meio a tudo isso: O que é a paz?
E você deve estar se perguntando: Será assim tão importante saber o que é a paz?
Claro que sim. Não se pode possuir aquilo que se desconhece. Então, falemos de paz...
Muita gente mistura os conceitos e acredita saber perfeitamente o que é a paz.
Alguns confundem paz com silêncio. Outros acreditam que a paz é a ausência de brigas.
Outros, ainda, imaginam que estar em paz significa ficar quieto, sem perturbar a quem quer que seja.
Finalmente, há os que acreditam que estar em paz é ter dinheiro sobrando para viver uma vida de conforto.
Será que isso é mesmo a paz? Será que essas situações trazem mesmo a tranqüilidade ou são apenas momentos menos tumultuados, com algum conforto material?
Pensemos juntos: paz não é simplesmente ausência de barulho.
Muita gente faz silêncio por fora, mas traz a alma sobrecarregada de ruídos. O tormento interno torna a criatura estressada e infeliz.
E quem acha que paz é a ausência de brigas e conflitos aparentes também pode estar enganado.
Quantas vezes a pessoa fica em silêncio somente porque tem medo de expressar sua opinião? Quantas vezes a raiva está bem camuflada sob uma aparência tranquila?
Quem vê cara, não vê coração, diz a sabedoria popular. O mesmo acontece com a paz: nem sempre o rosto expressa o que vai na cabeça ou no coração da pessoa.
Em resumo: não se pode confundir paz com preguiça, displicência, comodismo ou covardia.
A paz é um estado de espírito permanente. Quem verdadeiramente vive em paz não perturba o mundo e nem se deixa perturbar por ele.
É claro que esse estado mental de completa paz é algo ainda um pouco distante da nossa realidade, mas o nosso papel é o do esforço constante para alcançarmos esse objetivo.
E se todo processo inicia em algum momento, como iniciar a conquista da paz?
Nossa sugestão: faça como se fosse um treinamento diário. Um treinamento de autoconhecimento. Principalmente, de autoeducação.
Comece reservando algumas horas para você e faça reflexões. Inicie fazendo um levantamento sobre todas as coisas, pessoas e situações que lhe causam irritação.
Em seguida, analise as razões porque você se irrita com essas pessoas e situações.
Pense em alternativas para não perder a calma. Faça simulações mentais, experimente seus limites, treine a paciência, exercite o equilíbrio.
Se fizer assim, possivelmente você estará melhor preparado para quando a situação ocorrer de fato. Estabeleça metas a serem alcançadas na conquista da paz.
Simultaneamente, exercite hábitos mentais positivos: meditação, boas leituras, relaxamento, músicas suaves.
Tudo isso fortalece a atmosfera de paz interior e reforça atitudes mais suaves e serenas.
Quando esses hábitos se consolidarem, quando a serenidade for obtida sem esforço, quando for mais fácil permanecer calmo, aí então você será forte candidato a se tornar exemplo para o Mundo.
Exemplo? Sim, amigo leitor: quem deseja a paz do Mundo deve se empenhar para ser exemplo vivo dessa paz.
É como uma árvore que, à medida que cresce, vai oferecendo benefícios de flores, perfume, cor e sombra aos que estão nas proximidades.
Por isso acredite: quem quer paz, nada exige dos outros. Faz a sua parte em silêncio e aguarda as consequências.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

A CHATA OU AS BARATAS

Esta noite tive um sonho. Sonhei que os cachorros, gatos, peixes, pássaros, moscas, baratas, todos tinham a voz ardida da minha Irmã mais nova, a Andreia.
No sonho, todos os bichos começaram a se manifestar ao mesmo tempo: o cachorro latia, o gato miava, as moscas zumbiam, as baratas corriam e os peixes nadavam. Eu queria fugir, mas as pernas não me obedeciam. Foi quando as baratas descontroladas e cegas começaram a subir em meus pés descalços... Ai!
Abri a boca para gritar, apavorado, mas a voz não saia, e quando saiu era igual à voz da chata da minha irmã, que de repente entrou no meu sonho e falou:
-- ACORDA, VAMOS BRINCAR!
Pulei da cama e, quando a vi acordada em cima do meu pé, no lugar das baratas, confesso: até que gostei...
Pensando bem, minha irmã não é assim tão ruim como parece.

1.  Os bichos que, no sonho do narrador, tinham a voz igual à da Andréia eram                                    ( valor 10 )


A) os cachorros, gatos e peixes.
B) os cachorros, gatos, peixes e pássaros.
C) os cachorros, gatos, peixes, pássaros e moscas.
D) os cachorros, gatos, peixes, pássaros, moscas e baratas.


2.  Você entende que, no sonho, o narrador ficou apavorado, sem voz, porque                                     ( valor 10 )


A) as baratas começaram a subir em seus pés.
B) os bichos tinham a mesma voz ardida da irmã.
C) a irmã não era assim tão ruim.
D) a irmã entrou em seu sonho e falou.


3. A frase Foi quando as baratas descontroladas e cegas começaram a subir em meus pés descalços... e as reticências (...) mostram que as baratas                                                                             


A) pararam de subir nos pés do menino.
B) continuaram a subir, subir, subir.
C) fugiram assustadas.                                    ( valor 10 )
D) ficaram cegas de repente.


4.  O texto A chata e as baratas foi escrito para

A) explicar por que as crianças sonham.
B) ensinar que irmãos não devem brigar.
C) contar uma história divertida.           ( valor 10 )
D) provar que as crianças são sempre medrosas.


5.  Um título que também combina com o texto 3 é

A) A voz dos bichos.
B) O fim de um pesadelo.
C) Os bichos que eu amo.                    ( valor 10 )
D) Um lindo sonho.


Releia este trecho para responder às questões 6 e 7.

Abri a boca para gritar, apavorado, mas a voz não saía, e quando saiu era igual à voz da chata da minha irmã, que de repente entrou no meu sonho e falou:
— ACORDA, VAMOS BRINCAR!

6.  A frase — ACORDA, VAMOS BRINCAR! , escrita em letras maiúsculas e o ponto de exclamação (!) mostram que Andréia estava

A) assustada
B) nervosa
C) triste                                                           ( valor 10 )
D) animada


7.  As frases destacadas, em negrito, no trecho acima representam a fala

A) do narrador.
B) de Andréia.
C) de um dos bichos.                           ( valor 10 )
D) da mãe das crianças


8. Leia o trecho e em seguida complete os parênteses com os códigos indicados, classificando corretamente as palavras:
Esta noite tive um sonho. Sonhei que os cachorros, gatos, peixes, pássaros, moscas, baratas, todos tinham a voz ardida da minha Irmã mais nova, a Andréia.”

( 1 ) substantivo comum
( 2 ) substantivo próprio
( 3 ) verbo
( 4 ) adjetivo

(     ) cachorros
(     ) gatos
(     ) peixes
(     ) baratas
(     ) irmã
(     ) noite
(     ) sonho
(     ) moscas
(     ) voz
(     ) Andréia
(     ) sonhei
(     ) tive
(     ) tinham            ( valor 30 )
(     ) ardida
(     ) nova
           

Substantivos
Substantivo é tudo o que nomeia as "coisas" em geral. Substantivo é tudo o que pode ser visto, pego ou sentido. Substantivo é tudo o que pode ser precedido de artigo .
Classificação e Formação
1. Substantivo comum é aquele que designa os seres de uma espécie de forma genérica. Por exemplo pedra, computador, cachorro, homem, caderno.
2. Substantivo próprio é aquele que designa um ser específico, determinado, individualizando-o. Por exemplo Maxi, Londrina, Dílson, Ester. O substantivo próprio sempre deve ser escrito com letra maiúscula.
3. Substantivo concreto é aquele que designa seres que existem por si só ou apresentam-se em nossa imaginação como se existissem por si. Por exemplo ar, som, Deus, computador, Ester.
4. Substantivo abstrato é aquele que designa prática de ações verbais, existência de qualidades ou sentimentos humanos. Por exemplo saída (prática de sair), beleza (existência do belo), saudade.
Formação dos substantivos
Os substantivos, quanto à sua formação, podem ser:
Substantivo Primitivo: É primitivo o substantivo que não se origina de outra palavra existente na língua portuguesa. Por exemplo pedra, jornal, gato, homem.
Substantivo Derivado: É derivado o substantivo que provém de outra palavra da língua portuguesa. Por exemplo pedreiro, jornalista, gatarrão.
Substantivo Simples: É simples o substantivo formado por um único radical. Por exemplo pedra, pedreiro, jornal, jornalista.
Substantivo Composto: É composto o substantivo formado por dois ou mais radicais. Por exemplo pedra-sabão, homem-rã, passatempo.
Substantivo Coletivo: É coletivo o substantivo no singular que indica diversos elementos de uma mesma espécie.

• abelha - enxame, colmeia
• acompanhante - comitiva, cortejo, séquito
• alho - (quando entrelaçados) réstia, enfiada
• aluno – classe


Substantivo: Gênero vacilante
Existem alguns substantivos que trazem dificuldades, quanto ao gênero. Estude, então, com muita atenção estas listas:
São Masculinos

o açúcar
o afã
o ágape
o alvará
o amálgama
o anátema
o aneurisma
o antílope
o apêndice
o apetite
o algoz
o boia-fria
o caudal
o cataclismo
o cônjuge
o champanha
o clã
o cola-tudo
o cós
o coma           
o guaraná
o gengibre
o herpes
o lança-perfume
o haras
o lotação
o derma
o diagrama
o dó
o diadema
o decalque
o epigrama
o eclipse
o estigma
o estratagema
o eczema
o formicida
o magma
o matiz
o magazine    
o milhar
o nó-cego
o pijama
o pé-frio
o plasma
o pão-duro
o sósia
o suéter
o talismã
o toalete
o tapa
o telefonema
o tira-teimas
o xérox



São Femininos

a abusão
a acne
a aluvião
a bacanal
a benesse
a bólide
a couve
a couve-flor
a cal
a cataplasma
a comichão
a derme
a agravante
a aguarrás
a dinamite
a debênture   
a elipse
a ênfase
a echarpe
a entorse
a enzima
a faringe
a ferrugem
a fênix
a alface
a apendicite
a gênese
a grafite
a ioga
a libido
a matinê
a marmitex     
a mascote
a mídia
a nuança
a omoplata
a aguardente
a alcunha
a ordenança
a omelete
a própolis
a patinete
a quitinete
a sentinela
a soja
a usucapião
a vernissagem

Mudança de gênero com mudança de significado

Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam também de significado. Eis alguns deles:

o caixa = o funcionário
a caixa = o objeto
o capital = dinheiro
a capital = sede de governo
o coma = sono mórbido
a coma = cabeleira, juba
o grama = medida de massa
a grama = a relva, o capim
o guarda = o soldado
a guarda=vigilância corporação
o guia = aquele que serve de guia, cicerone
a guia = documento, formulário; meio-fio
o moral = estado de espírito
a moral = ética, conclusão
o banana = o molenga.
a banana = a fruta


ARTIGOS
Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná-los, indicando, ao mesmo tempo, gênero e número.
Dividem-se os artigos em: definidos: o, a, os, as e indefinidos: um, uma, uns, umas.
Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular:
•           Viajei com o médico.
Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, geral:
•           Viajei com um médico.
Observações Sobre o Emprego do Artigo
1ª) Ambas as mãos.
Usa-se o artigo entre o numeral ambas e o substantivo.
•           Ambas as mãos são perfeitas.
2ª) Estou em Paris / Estou na famosa Paris.
Não se usa artigo antes dos nomes de cidades, a menos que venham determinados por adjetivos ou locuções adjetivas.
•           Vim de Paris
•           Vim da luminosa Paris.
Mas com alguns nomes de cidades conservamos o artigo.
•           O Rio de Janeiro, O Cairo, O Porto.
Obs.: Pode ou não ocorrer crase antes dos nomes de cidade, conforme venham ou não precedidos de artigo.
•           Vou a Paris.
•           Vou à Paris dos museus.
3ª) Toda cidade / toda a cidade.
Todo, toda designam qualquer, cada.
•           Toda cidade pode concorrer (qualquer cidade).
Todo o, toda a designam totalidade, inteireza.
•           Conheci toda a cidade (a cidade inteira).
No plural, usa-se todos os, todas as, exceto antes de numeral não seguido de substantivo.
Exemplos:
Todas as cidades vieram.
Todos os cinco clubes disputarão o título.
Todos cinco são concorrentes.
4ª) Tua decisão / a tua decisão.
De maneira geral, é facultativo o uso do artigo antes dos possessivos.
•           Aplaudimos tua decisão.
•           Aplaudimos a tua decisão.
Se o possessivo não vier seguido de substantivo explícito é obrigatória a ocorrência do artigo.
•           Aplaudiram a tua decisão e não a minha.
5ª) Decisões as mais oportunas / as mais oportunas decisões.
No superlativo relativo, não se usa o artigo antes e depois do substantivo.
•           Tomou decisões as mais oportunas.
•           Tomou as decisões mais oportunas.
É errado: Tomou as decisões as mais oportunas.
6ª) Faz uns dez anos.
O artigo indefinido, posto antes de um numeral, designa quantidade aproximada.
•           Faz uns dez anos que saí de lá.
7ª) Em um / num.
Os artigos definidos e indefinidos contraem-se com preposições:
de + o= do, de + a= da, etc.
As formas de + um e em + um podem-se usar contraídas (dum e num) ou separadas (de um, em um).

•           Estava em uma cidade grande. Estava numa cidade grande