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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Artigo de Opinião - Você sabe que gênero textual é esse?

Para facilitar sua pesquisa, fui a vários sites e coletei muita informação sobre o assunto. O resultado está aqui. Tudo bem explicadinho, diversas definições e dicas de como escrever um bom artigo, construir seus argumentos e fundamentar sua opinião.

Vamos aos estudos...

1. O artigo de opinião, como o próprio nome já diz, é um texto em que o autor expõe seu posicionamento diante de algum tema atual e de interesse de muitos.

É um texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado, portanto, o escritor além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e admissíveis.

Logo, as
ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e, por este motivo, o mesmo deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados, além de assinar o texto no final.

Contudo, em
vestibulares, a assinatura é desnecessária, uma vez que pode identificar a autoria e desclassificar o candidato.

É muito comum artigos de opinião em jornais e revistas. Portanto, se você quiser aprofundar mais seus conhecimentos a respeito desse tipo de produção textual, é só procurá-lo nestes tipos de canais informativos. A leitura é breve e simples, pois são textos pequenos e a linguagem não é intelectualizada, uma vez que a intenção é atingir todo tipo de leitor.

Uma característica muito peculiar deste tipo de gênero textual é a persuasão, que consiste na tentativa do emissor de convencer o destinatário, neste caso, o leitor, a adotar a opinião apresentada. Por este motivo, é comum presenciarmos descrições detalhadas, apelo emotivo, acusações, humor satírico, ironia e fontes de informações precisas.

Como dito anteriormente, a linguagem é objetiva e aparecem repletas de sinais de exclamação e interrogação, os quais incitam à posição de reflexão favorável ao enfoque do autor.

Outros aspectos persuasivos são as orações no imperativo (seja, compre, ajude, favoreça, exija, etc.) e a utilização de conjunções que agem como elementos articuladores (e, mas, contudo, porém, entretanto, uma vez que, de forma que, etc.) e dão maior clareza às ideias.

Geralmente, é escrito em primeira pessoa, já que trata-se de um texto com marcas pessoais e, portanto, com indícios claros de subjetividade, porém, pode surgir em terceira pessoa.

2. Em meio à nossa vivência do dia a dia, estamos a todo instante nos posicionando a respeito de um determinado assunto. Essa liberdade que nos é concedida faz com que nos tornemos seres ímpares, dotados de pensamentos e opiniões acerca da realidade circundante, por vezes absurda e cruel.

Tal particularidade, relacionada a este perfil singular, desencadeia uma série de posicionamentos divergentes, os quais são debatidos e confrontados por meio de uma interação social – fato que confere uma característica dinâmica à sociedade, visto que, caso contrário, as relações humanas se tornariam frustrantes e monopolizadas.

De forma específica, atenhamo-nos ao título em questão quando o mesmo perfaz-se de dois termos básicos: Artigo e opinião. Procurando compreendê-los de acordo com seu sentido semântico, surge-nos numa primeira instância, a ideia de algo relacionado à escrita.

Munidos de tal percepção, sabemos que a mesma constitui-se de certas particularidades específicas, e mais! Trata-se de um gênero textual comumente requisitado em exames de vestibulares e concursos públicos de uma forma geral.
Sendo assim, torna-se imprescindível incorporá-lo aos nossos conhecimentos e, sempre que necessário, colocá-lo em prática. Enfatizaremos então sobre alguns pontos pertinentes à modalidade em referência.

O
artigo de opinião é um gênero textual pertencente ao âmbito jornalístico e tem por finalidade a exposição do ponto de vista acerca de um determinado assunto. Tal qual a dissertação, ele também se compõe de um título, um parágrafo introdutório o qual se caracteriza como sendo a introdução, ao explanar de forma geral sobre o assunto do qual discutirá.

Posteriormente, segue o desenvolvimento arraigado na desenvoltura dos argumentos apresentados, sempre tendo em mente que esses deverão ser pautados em bases sólidas, com vistas a conferir maior credibilidade por parte do leitor. E por fim, segue a conclusão do artigo, na qual ocorrerá o fechamento das ideias anteriormente discutidas.

3. Artigo de opinião: texto jornalístico que caracteriza-se por expor claramente a opinião do seu autor. Também chamado de matéria assinada ou coluna (quando substitui uma seção fixa do jornal).

As CARACTERÍSTICAS do artigo de opinião são:
  • Contém um título polêmico ou provocador.
  • Expõe uma ideia ou ponto de vista sobre determinado assunto.
  • Apresenta três partes: exposição, interpretação e opinião.
  • Utiliza verbos predominantemente no presente.
  • Utiliza linguagem objetiva (3ª pessoa) ou subjetiva (1ª pessoa).

PROCEDIMENTOS ARGUMENTATIVOS DE UM ARTIGO DE OPINIÃO:

  • Relações de causa e consequência.
  • Comparações entre épocas e lugares.
  • Retrocesso por meio da narração de um fato.
  • Antecipação de uma possível crítica do leitor, construindo antecipadamente os contra-argumentos.
  • Estabelecimento de interlocução com o leitor.
  • Produção de afirmações radicais, de efeito.

EXEMPLO DE ARTIGOS DE OPINIÃO


BALEIAS NÃO ME EMOCIONAM,  DE LYA LUFT.

           Hoje quero falar de gente e bichos. De notícias que freqUentemente aparecem sobre baleias encalhadas e pinguins perdidos em alguma praia. Não sei se me aborrece ou me inquieta ver tantas pessoas acorrendo, torcendo, chorando, porque uma baleia morre encalhada. Mas certamente não me emociona. Sei que não vão me achar muito simpática, mas eu não sou sempre simpática. Aliás, se não gosto de grosseria nem de vulgaridade, também desconfio dos eternos bonzinhos, dos politicamente corretos, dos sempre sorridentes ou gentis. Prefiro o olho no olho, a clareza e a sinceridade – desde que não machuque só pelo prazer de magoar ou por ressentimento. Não gosto de ver bicho sofrendo: sempre curti animais, fui criada com eles. Na casa onde nasci e cresci, tive até uma coruja, chamada, sabe Deus por quê, Sebastião. Era branca, enorme, com aqueles olhos que reviravam. Fugiu da gaiola especialmente construída para ela, quase do tamanho de um pequeno quarto, e por muitos dias eu a procurei no topo das árvores, doída de saudade. Na ilha improvável que havia no mínimo lago do jardim que se estendia atrás da casa, viveu a certa altura da minha infância um casal de veadinhos, dos quais um também fugiu. O outro morreu pouco depois. Segundo o jardineiro, morreu de saudade do fujão – minha primeira visão infantil de um amor romeu-e-julieta. Tive uma gata chamada Adelaide, nome da personagem sofredora de uma novela de rádio que fazia suspirar minha avó, e que meu irmão pequeno matou (a gata), nunca entendi como – uma das primeiras tragédias de que tive conhecimento. De modo que animais fazem parte de minha história, com muitas aventuras, divertimento e alguma tristeza. Mas voltemos às baleias encalhadas: pessoas torcem as mãos, chegam máquinas variadas para içar os bichos, aplicam-se lençóis molhados, abrem-se manchetes em jornais e as televisões mostram tudo em horário nobre. O público, presente ou em casa, acompanha como se fosse alguém da família e, quando o fim chega, é lamentado quase com pêsames e oração. Confesso que não consigo me comover da mesma forma: pouca sensibilidade, uma alma de gelos nórdicos, quem sabe? Mesmo os que não me apreciam, não creiam nisso. Não é que eu ache que sofrimento de animal não valha a pena, a solidariedade, o dinheiro. Mas eu preferia que tudo isso fosse gasto com eles depois de não haver mais crianças enfiando a cara no vidro de meu carro para pedir trocados, adultos famintos dormindo em bancos de praça, famílias morando embaixo de pontes ou adolescentes morrendo drogados nas calçadas. Tenho certeza de que um mendigo morto na beira da praia causaria menos comoção do que uma baleia. Nenhum Greenpeace defensor de seres humanos se moveria. Nenhuma manchete seria estampada. Uma ambulância talvez levasse horas para chegar, o corpo coberto por um jornal, quem sabe uma vela acesa. Curiosidade, rostos virados, um sentimentozinho de culpa, possivelmente irritação: cadê as autoridades, ninguém toma providência? Diante de um morto humano, ou de um candidato a morto na calçada, a gente se protege com uma armadura. De modo que (perdão) vejo sem entusiasmo as campanhas em favor dos animais – pelo menos enquanto se deletarem tão facilmente homens e mulheres.
(Revista Veja, abril de 2005.


4.  Com bases de estruturação, a maioria das pessoas consegue com inteligência, relatar a sua opinião de uma forma bem simples nos artigos de opinião. (Divulgação)
A cada dia mais este assunto ou forma de se realizar não é tão restrito como antes. Somos convidados às vezes a nos arriscar a realizar um Artigo de Opinião, Jornalistas, editores ou nós redatores. Uma leve intervenção de convencer o leitor em relação sobre algo ou tema, fazendo pensar naquilo que você escreveu.
Vamos dar algumas dicas que como você realizar um ótimo artigo com suas opiniões e mostrar alguns exemplos e apresentar a estrutura para você conseguir elaborar o seu artigo de opinião.

Estruturação

Bem antes de começar a elaborar seu artigo, você precisa ter em mente que o artigo é de sua opinião, ou seja, não fuja muito deste principio, e cada idéia colocada por você, precisa ser apresentada ao menos mais uma vez durante este artigo.
A estrutura de um bom artigo de opinião se baseia na Apresentação da questão em discussão ou seu ponto de vista de parágrafo a parágrafo, virgula a virgula, com o intuito de que você consiga mostrar em seu artigo e manter uma posição com base em uma tese comprovada, colocando argumento para sustentar esta sua tese.  Ao Fim você precisa elaborar a conclusão, de uma forma que sua tese mostre o resultado e se torne forte.

Argumentações

Para facilitar ainda mais a elaboração do seu artigo, os argumentos são fixados a esta estrutura e podem e as dicas para elaborar são as de:
  • Argumento de Causa: Propor uma relação com uma causa e conseqüência em sua argumentação.
  •  Argumento de Autoridade: Sempre usar uma fonte, ou um estudo confiável para ter uma credibilidade ao que você defende.
  •  Argumento de Exemplificação: Mostrar inúmeras comparações e exemplos para ilustrar o seu argumento.

Desenvolva

Sabendo dessas dicas, você precisa agora colocar na pratica.  Como qualquer outro artigo, você precisa ter uma introdução, depois um desenvolvimento e a conclusão.
Faça com que o leitor reflita e possa chegar a opiniões próprias.

Agora, mãos à obra. Escreva o seu próprio artigo de opinião.
Abaixo, listo alguns temas que poderão causar uma boa polêmica, e é claro, você terá chance de mostrar que tem uma opinião formada sobre o assunto.
Bom trabalho, boa escrita...

1. Trabalho Infantil
2. Violência Dentro das Escolas
3. O Desemprego X A Violência nas Grandes Cidades
4. Alcoolismo X Violência Doméstica
5. Mães que trabalham fora
6. Por que o jovem não gosta de ler?
7. Por que filhos de pais separados são agressivos na escola?
8. Por que criança não gosta de verduras?
9. Estudar é uma necessidade humana
10. Votar aos 16 anos? Bom pra quem?
11. Menor criminoso deve ser punido pela justiça?
12. Aborto: Direito de matar X Direito de viver. Quem decide?
13. Cotas nas universidades
14. Caos no trânsito das grandes cidades
15. Os milhões de reais que serão gastos na Copa do Mundo no Brasil
16. Obesidade é doença?
17. Consumo de álcool na adolescência: Como os pais devem agir?

E Você, tem outra sugestão de tema? Poste nos comentários.
Quer mandar sua opinião sobre um tema em desaque?
Escreva um bom texto, revise os erros e entre em contato. Seu texto poderá vir parar aqui. ( Somente textos inéditos, mas você pode ler sobre todos estes temas em sites de notícias.)

Professora Silvia de Deus

Charges

1. A charge é uma ilustração cômica que satiriza de forma crítica os acontecimentos sociais e políticos.

Embora seja importante numa charge o seu conteúdo humorístico, ela é feita ainda à mão para preservar seu valor artístico, podendo ser montada ou retocada por computador.

2.  O que é Charge:

 Charge é uma ilustração humorística que envolve a caricatura de um ou mais personagens e é feita com o objetivo de satirizar algum acontecimento da atualidade.
O termo charge tem origem no francês "charger" que significa "carga". A primeira charge publicada no Brasil foi no ano de 1837 e tinha como título "A campanha e o Cujo". Foi criada por Manuel José de Araújo Porto-Alegre, que dentre as funções exercidas na política e ensino, era também pintor e caricaturista.
As charges são muito utilizadas para fazer críticas de natureza política. São normalmente publicadas em jornais ou revistas e conseguem atingir um vasto público. Para interpretar o significado de uma charge, é necessário estar a par dos acontecimentos políticos nacionais e internacionais.

ChargeTempo13-05-12


ChargeTempo23-04-12


ChargeTempo19-04-12



ChargeTempo12-05-12