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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Tarefa de Casa - Alunos 6º anos A e B

Comando 01:  Assista ao vídeo "Sou defensora dos Direitos de Todos os Seres     Vivos. E Você?", postado aqui em nosso blog, no marcador REFLEXÕES. Leia com atenção o texto presente nesse vídeo.

Comando 02:  Reflita sobre o ponto de vista do autor desse texto.

Comando 03: Escreva um texto nos COMENTÁRIOS. O seu texto deve ter entre 30 e 50 palavras. Argumente apresentando o seu ponto de vista sobre o tema . Dê sua opinião de forma clara e objetiva.

Comando 04: Leia a sua produção antes de postar, considerando letras maiúsculas, acentuação, ortografia. Seja coerente e fiel ao tema proposto.

Comando 05: Coloque apenas o seu primeiro nome em sua postagem, com sua série e turma ( 6º A ou 6º B ). Em caso de nomes iguais, escreva o segundo nome também.

 Considere

a) Você poderá fazer essa tarefa em casa, caso tenha internet

b) Você poderá agendar um horário no laboratório de informática da prórpia escola para fazê-la.

c) Desde que seja com a permissão de seus pais, você poderá ir à casa de um colega que tenha computador em casa e fazer em dupla, postando cada um o seu texto. Nesse caso você estará sob a responsabilidade de sua família. 

d) Você poderá redigir o seu texto a mão e um colega se responsabiliza em postá-lo em seu nome. 

CUIDADO: Nenhum aluno está orientado a ir a uma Lan House para fazer essa atividade. Se em nenhuma das hipoteses acima você puder realizar a tarefa, comunique-se com a professora Silvia para que a tarefa seja executada em horário de aula de Lingua Portuguesa. 

Bom Trabalho!!!

Professora Sílvia de Deus, dia 23 de maio de 2011.


quinta-feira, 19 de maio de 2011

AMIZADE

Nem sempre encontramos verdadeiros amigos pelo nosso caminho, ou quem sabe, talvez amizades que não nos suguem, mas hoje posso lhe dizer da alegria que sinto pelo meu caminho ter cruzado o seu. Felizmente, Deus preparou a minha vinda para o Colégio Estadual Rocha Lima e eu pude fazer novos amigos de infância por aqui – um deles é você! Quero que saiba que eu admiro muito sua forma serena e delicada de se posicionar diante das situações conflitantes (quando eu crescer quero ser assim, às vezes sou muito passional, taurina né!); além disso percebo que nosso caminhar vem de outras jornadas e é uma felicidade poder contar com você novamente para me ajudar.
Você já fazia parte da minha história antes de eu te conhecer, obrigada por cumprir esse trecho da jornada comigo, por me fazer sentir importante e especial, por ser minha amiga e por me fazer uma pessoa melhor!
 
                                                                A Ôta. (Sílvia Cardoso)
                                                                Bjim

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Poema aos alunos do 6º "B"

Não sei se a vida é curta ou longa para nós, 
mas sei que nada do que vivemos tem sentido, 
se não tocarmos o coração das pessoas.
 
Muitas vezes basta ser: 
colo que acolhe, 
braço que envolve, 
palavra que conforta, 
silencio que respeita, 
alegria que contagia, 
lágrima que corre, 
olhar que acaricia, 
desejo que sacia, 
amor que promove.
 
E isso não é coisa de outro mundo, 
é o que dá sentido à vida. 
É o que faz com que ela não seja nem curta, 
nem longa demais, 
mas que seja intensa, 
verdadeira, pura enquanto durar. 

Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
 
                                        Cora Coralina

Postagem: Silvia de Deus

domingo, 15 de maio de 2011

Concurso de Redação Goiás na Ponta do Lápis - Regulamento



Tema: Goiás sem drogas: A responsabilidade é de todos nós!
APRESENTAÇÃO
O concurso de redação Goiás na Ponta do Lápis é um projeto do jornal Tribuna do Planalto, desenvolvido com o apoio da Secretaria de Estado da Educação, por meio das Subsecretarias Regionais de Educação. O objetivo principal do concurso é a promoção da cidadania, tendo como alvo da proposta os alunos das redes pública (estadual e municipal de Educação) e particular de ensino em todo o Estado.
A promoção da cidadania é alcançada por vários caminhos. No campo propriamente pedagógico, o concurso é um agente provocador para que os alunos, professores, pais, dirigentes e trabalhadores escolares, e tantos outros envolvidos com o processo educacional, de alguma maneira, participem do trabalho de ler, pesquisar, debater e escrever.
Neste campo, o mais importante é provocar uma produção do aluno e, como consequência, o desenvolvimento da criatividade, da reflexão e o domínio da língua. De outro lado, o sentido de uma formação para a cidadania aparece na escolha dos temas, sempre relativos às questões coletivas e que podem, portanto, provocar reflexões sobre o contexto em que está inserida cada comunidade escolar.
A reflexão sobre o universo de cada um é sempre o primeiro passo para que ações para a mudança possam surgir. Os temas também podem explorar assuntos de caráter universal, capazes de colaborar sempre como metáfora para a compreensão da atualidade ou como caminho para apreensão de algum saber.
Além de promover o concurso, o jornal Tribuna do Planalto se compromete a gerar espaço para a circulação das ideias produzidas em sala de aula, publicando as redações premiadas na fase final. Assim, nosso jornal cria a possibilidade para que mais e mais pessoas tenham acesso ao debate instalado e às novas ideias a partir dele elaboradas.
É com esses propósitos que este ano, mais uma vez, nos colocamos na estrada para realizar, em nosso Estado, a oitava edição do maior concurso de redação da região Centro-Oeste.
A meta do jornal é envolver este ano cerca de 500 mil alunos na rede estadual e outros 200 mil espalhados pelas redes municipal e particular de Goiânia e do interior do Estado.
PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO GERAL
O 8º Concurso de Redação Goiás na Ponta do Lápis será realizado no período de abril a dezembro de 2011. Para garantir maior funcionalidade ao concurso ficam definidas as Subsecretarias Regionais de Educação as responsáveis pela organização do mesmo. A coordenação geral ficará a cargo de uma comissão formada pelo jornal Tribuna do Planalto.
Todo o processo deverá se desenrolar conforme o seguinte calendário. Observamos que datas e prazos da Proposta de Organização Geral poderão ser alterados para adequação ao calendário escolar da Secretaria de Estado da Educação.


REGULAMENTO
Inscreva-se na 8ª edição do maior concurso de redação do Centro-Oeste. Os estudantes das redes de ensino estadual, municipal e particular estão convidados a mais uma vez participar do Goiás na Ponta do Lápis, que todos os anos promove o debate, estimula a cidadania e revela novos talentos.
Artigo 1 - Poderão participar os alunos regularmente matriculados na rede estadual de ensino e das redes municipal e particular do interior.
Artigo 2 - Para efeito de organização do concurso, para todas as premiações fica estabelecida a divisão regional adotada pela Secretaria de Estado da Educação.
Artigo 3 – Na primeira etapa do concurso (a de produção das redações), os professores serão os responsáveis por apresentar o tema do concurso e as datas as serem cumpridas pelos alunos. Os próprios professores farão as correções ortográfica e gramatical das redações, classificando duas (2) redações por turma.
Depois a própria escola/colégio se encarregará de avaliar as redações e classificar as duas (2) melhores por categoria. Os trabalhos classificados pela escola/colégio deverão ser encaminhados para a Subsecretaria Regional de Educação, que será a responsável pela seleção dos dez (10) melhores trabalhos por categoria, em ordem de classificação, e os enviará para ao jornal Tribuna do Planalto.
OBS: As escolas/colégios devem enviar às Subsecretarias Regionais de Educação APENAS as redações classificadas. Devem informar também o número total de textos produzidos em cada unidade escolar nas cinco categorias.
Parágrafo 1º - Para a escolha dos melhores textos, os critérios considerarão:
- Ortografia;
- Concordância verbal e gramatical;
- Capacidade de organização do pensamento;
- Originalidade e pertinência em relação ao tema.
OBS: Serão desclassificadas redações com menos de 20 linhas e com mais de 40 linhas.
Parágrafo 2º – No cabeçalho da redação devem constar o nome da escola, o telefone da escola, nome completo do aluno, a série a que pertence, o endereço do aluno e telefone; e o nome do professor com telefone de contato, além da disciplina ministrada pelo professor.
Parágrafo 3º - Os alunos NÃO devem adotar o tema do concurso como título de suas redações. O título deverá ser criado pelo próprio aluno.
Parágrafo 4º - Antes de enviar as redações à Subsecretaria, os professores devem fazer a correção das redações entregues pelos alunos. Redações com erros ortográficos e gramaticais devem ser devolvidas aos alunos para serem refeitas, após a correção do professor. Esse quesito atende um dos principais critérios do concurso, que é colaborar para o desenvolvimento da competência da escrita.
Artigo 4 - O 8º Goiás na Ponta do Lápis está dividido em cinco (5) categorias:
·         Categoria A: Alunos do 4º e 5º Ano do Ensino Fundamental;
·         Categoria B: Alunos do 6º e 7º Ano do Ensino Fundamental;
·         Categoria C: Alunos do 8º e 9º Ano do Ensino Fundamental;
·         Categoria D: Estudantes do Programa de Educação de Jovens e Adultos do Segundo Segmento (EJA – Ensino Fundamental);
·         Categoria E: Estudantes do Ensino Médio, incluindo a Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Ensino Médio;
Artigo 5 - Fica estabelecido que as redações deverão ser redigidas à mão, sem datilografia ou digitação. Os originais manuscritos é que serão enviados à Comissão de Correção do concurso. O tema para todas as categorias será Goiás Sem Drogas: A Responsabilidade e de Todos Nós!
Artigo 6 - A premiação do concurso será a seguinte:
ETAPAS REGIONAIS
·         (em cada uma das 38 Subsecretarias Regionais de Educação)
·         1o Lugar: 1 Bicicleta, Certificado de Participação e Medalha de Ouro;
·         2o Lugar: Certificado de Participação e Medalha de Prata;
·         3o Lugar: Certificado de Participação e Medalha de Bronze;
·         Do 4º ao 10º lugar: Certificado de Participação e Medalha de Honra ao Mérito.
OBS: Todos os professores dos alunos premiados receberão Certificado de Participação.
ETAPA FINAL
·         1º lugar (por categoria): 1 Computador, 1 Bolsa de Estudos Integral da FASAM, Certificado de Participação e Medalha de Ouro;
·         2º lugar (por categoria): 1 Televisor 21, 1 Bolsa de Estudos da FASAM com 70% de desconto, Certificado de Participação e Medalha de Prata;
·         3º lugar (por categoria): 1 Celular com câmera e MP3, 1 Bolsa de Estudos da FASAM com 30% de desconto, Certificado de Participação e Medalha de Bronze.
Observações:
1 - O professor do aluno vencedor em primeiro lugar de cada categoria também receberá um computador.
2 - Havendo mais de um professor orientador, o prêmio será dividido.
3 – A bolsa de estudos da FASAM vale para qualquer um dos cursos oferecidos pela instituição.
Artigo 7 - Todos os casos não previstos neste regulamento serão decididos pela Coordenação Geral do concurso.

Fonte: http://www.tribunadoplanalto.com.br/regulamento-goias.html

Postagem: Silvia de Deus

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Quando Surgiram os Hospitais?

Santa Casa de Misericórdia de Santos

Foi no Ceilão, atual Sri Lanka em 437 a.C. que aconteceu o primeiro registro de um hospital. Antes disso , em data incerta, o imperador Asoka mandou construir na Índia dezoito instituições com características semelhantes às dos hospitais atuais. Os gregos e romanos, por voltade 300 ac., usavam templos religiosos como locais para recuperação de dentes,o "infirmitorium". Havia também uma farmácia e um jardim com plantas medicinais. No Brasil, o primeiro hospital foi a Santa Casa de Misericórdia de santos(SP), construída no ano de 1543.

Postagem: Silvia de Deus

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Bullying: a palavra do momento

Não há quem ainda não tenha escutado um termo bastante discutido, principalmente no âmbito escolar: o bullying. O termo em inglês é utilizado para definir atos de violência, podendo ser físicos ou psicológicos, praticados por uma ou um grupo de pessoas contra outra pessoa. As ações causam um sentimento de humilhação e impotência em quem sofre.

O assunto ganhou o mundo nos últimos dias quando um adolescente de 16 anos, na Austrália, reagiu a xingamentos de outros adolescentes que o chamavam de gordinho. Aqui no Brasil o assunto estampou capas de jornais, quando um jovem de 23 anos, entrou numa escola pública do Rio de Janeiro, disparou 60 tiros, matou 12 adolescentes e feriu outros tantos.

Para entender o assunto e compreender porque o bullying está presente, principalmente, no universo infantil, o Planeta Mãe conversou com a psicóloga e orientadora educacional Silvana Vieira.

Por que, em geral, as crianças praticam o bullying?

Na verdade nem todas as agressões e apelidos entre crianças podem ser considerados bullying, porque geralmente há o revide. Nas crianças maiores pode ser por uma necessidade de afirmação e/ou a repetição de um comportamento praticado ou exaltado em outro contexto.

Existe uma faixa etária em que o bullying é mais praticado

Acredito que a pratica do bullying não está relacionado a faixa etária e sim a condução que os episódios podem ter do adulto mediador e/ou dos envolvidos.

Como os pais podem identificar que os seus filhos sofrem bullying?

Observando os possíveis sinais que ele(a) pode mostrar, como, por exemplo, a esquiva para frequentar determinados lugares, apatia, repentes de tristeza ou agressividade. Comportamentos que não sejam comuns no cotidiano do filho(a).

E como podem identificar quem pratica as agressões?

Tanto quem sofre como quem pratica demonstram sinais que podem ser percebidos pelos pais a partir de observações do comportamento, das atitudes em casa com irmãos, amigos e pessoas do convívio em geral.

Na hora de saber que o seu filho comete atos discriminatórios, como os pais devem agir?

Os pais não podem ser coniventes com os filhos, têm que agir de maneira firme e pontuada, sempre conversando e mostrando que as consequências dessas ações não ficarão apenas para quem sofre com a descriminação, mas também para quem as pratica.

E como devem agir, na hora de ver que seu filho é vítima?

Dependendo do caso, valorizando a capacidade de resolução que este filho possa ter, enfatizando as qualidades dele e de quem esta praticando para que ele possa fortalecer a auto-confiança e auto-estima. Nos casos mais graves é necessário buscar ajuda profissional.

Como então saber que está na hora de buscar uma ajuda especializada?

Quando as provocações causam uma certa impotência de quem sofre.

Qual a importância da participação da escola no combate a esse “mal”?

Assim como a da família: fundamental. A escola é um espaço de interações que oportunizam a problematização e reflexão de diversas atitudes importantes para a formação do sujeito, seja ele criança ou adolescente.

Quais os prejuízos que o bullying pode levar para o futuro, tanto para as crianças que o praticam, quanto para as que são vítimas?

Para os que praticam, pode transformá-los em adultos com dificuldade de formar vínculos saudáveis, pessoas intolerantes e infratores, entre outros prejuízos no comportamento na vida adulta. No caso de quem sofre, são outros comprometimentos como insegurança, dificuldade para se relacionar com outras pessoas, dificuldades na vida pessoal e profissional.

É importante lembrar que não existe uma regra para as consequencias do bullying. Aaté porque, dependendo de como a família e a escola conduzam o possível caso,  pode ser muito enriquecedor para a formação de todos os envolvidos.


Postagem: Silvia de Deus

terça-feira, 10 de maio de 2011

PARA JOÃO GABRIEL, 6º "B"

João Gabriel, 

Obrigada por tantas visitas ao nosso blog.
Parabéns pela criatividade e autonomia ao criar sua pasta de textos especificamente de Língua Portuguesa. Me sinto orgulhosa por ver sua dedicação e carinho com as minhas aulas em sua classe. Isso que você está se propondo a fazer se chama PORTFÓLIO. Pesquise na net como fazer, o passo a passo. Tenho certeza de que seu trabalho será rico. 

Como demonstração de carinho vou deixar um poema lindo para você:



SER ALUNO

Ser aluno é querer saber,
É estar com os olhos abertos,
bem despertos!
É ter curiosidade,
saber ocupar o tempo
com o olhar fixo no momento.
Ser aluno é não ter idade,
é ser menino, homem, velho...
Não interessa!
O que importa, é estar desperto
É querer saber mais
É saber dispor as coisas
Saber navegar pelo Universo
É saber ser marinheiro
saber andar, em diferentes marés
Um dia ... águas calmas
mas depressa entra em mares revoltos.
Surgem angústias, raivas
vozes engasgadas
medo de perder o leme.
Não pode esquecer a bússola
a orientação
Aquela que o vai pôr em acção.
Ser aluno é saber jogar
fintar na hora certa
Ter visão do jogo
Saber fazer a jogada.
 
Às vezes falha-se ...
Falta de conhecimento?
Jogada mal passada?
Má orientação de jogo?
 
Ser aluno é crescer
começam de pequenino
Depois é a vontade que fica
se for bem orientada.
Pode até não dar logo certo.
 
Mas um dia ...
Um dia surge a saudade
daqueles bancos de escola
E até da sacola!...
Dos berros dos professores
e de todos os colegas ... que depois
são uns amores ...
Mas há uma coisa que nunca vão esquecer
É o olhar de ternura
Daquele que foi aluno
se tornou um doutor
e soube ser Professor!
 
Poema de José Nuno Oliveira, da Turma 10 A1.3 da Escola Secundária Francisco de Holanda (1998/99)

Postagem: Professora Silvia de Deus 

sábado, 7 de maio de 2011

CINDERELA


Uma carruagem parou no terreiro. O marquês de Rabicó adiantou-se para perguntar de quem era. Em seguida abriu a porta e anunciou:
— Senhorita Cinderela, a princesa das botinas de vidro!
— Como é estúpido! — exclamou Narizinho. — Cinderela é casada e não usa “botinas de vidro”. Uma boa botina de vidro de garrafa precisa você no focinho...
Depois foi receber a famosa princesa, à qual fez uma grande mesura, dizendo: “Assalam alêikan!” Cinderela admirou aquele modo oriental de saudação, que Narizinho tinha aprendido num volume das Mil e Uma Noites, e como também entendesse muito de coisas orientais, porque ia a muitas festas do príncipe Codadad e outros, respondeu na mesma língua: “Alêikan assalam!”
— Faça o favor de sentar-se, princesa! — disse a menina indicando uma cadeira de espaldar marcado com as iniciais G. B. (Gata Borralheira) em grandes letras de ouro — letras recortadas em casca de laranja por Pedrinho. Depois fez as apresentações:
— Permita-me, senhora princesa, que apresente meu primo Pedrinho, o conde dos Bigodes de Manga, e a minha amiga Emília, marquesa de Rabicó.
Pedrinho saudou Cinderela com uma curvatura de cabeça. Já Emília esqueceu todas as recomendações e enfiou-se debaixo da cadeira de Cinderela para ver bem de perto os seus famosos pés calçados no menor sapatinho do mundo. A menina horrorizou-se com aquela inconveniência; Cinderela, porém, achou muita graça. Pôs Emília no colo, dizendo:
— Já a conheço de fama!
A boneca tomou conta dela imediatamente.
— Também eu conheço toda a sua história. Mas há um ponto que não entendo bem. É a respeito dos tais sapatinhos. Um livro diz que eram de cristal; outro diz que eram de cetim. Afinal de contas estou vendo você com sapatinhos de couro...
Cinderela riu-se muito da questão e respondeu que na verdade fora com sapatinhos de cristal ao famoso baile onde se encontrou com o príncipe pela a primeira vez. Mas que esses sapatinhos não eram nada cômodos, faziam calos; por isso só usava sapatinhos de camurça.
— E de que número?
— Trinta.
— Trinta? — exclamou a boneca admirada. — Então meu pé é muito menor, porque o meu número é 3 — e no entanto nunca me apareceu nenhum príncipe encantado!...
— Sim — disse a princesa — mas ainda pode aparecer. Não perca a esperança, Emília!...
— Há outro ponto que me causa dúvidas — continuou a boneca. — Que é que aconteceu para sua madrasta e suas irmãs, afinal de contas? Um livro diz que foram condenadas à morte pelo príncipe; outro diz que um pombinho furou os olhos das duas...
— Nada disso aconteceu — disse Cinderela. — Perdoei-lhes o mal que me fizeram — e hoje já estão curadas da maldade e vivem contentes numa casinha que lhes dei, bem atrás do meu castelo.
— Como a senhora é boa! Se fosse comigo, eu não perdoava! Sou mazinha. Tia Nastácia se esqueceu de me botar coração, quando me fez...
Narizinho achou que a prosa de Emília estava se prolongando muito.
— Basta, Emília — advertiu. — Conversar demais com uma princesa é contra as regras da etiqueta.

                                                  Trecho do livro As Reinações de Narizinho, 
                                        Monteiro Lobato, página 116.

Postagem: Silvia de Deus

FELICIDADE CLANDESTINA

                                                      
                                                              Clarice Lispector
                                      In Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro, Rocco, 1998.

Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto  enorme,  enquanto  nós todas  ainda  éramos  achatadas.  Como  se  não  bastasse,  enchia  os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.
Pouco  aproveitava.  E  nós  menos  ainda:  até  para  aniversário,  em  vez  de  pelo  menos  um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como “data natalícia” e “saudade”.
Mas  que  talento  tinha  para  a  crueldade.  Ela  toda  era  pura  vingança,  chupando  balas  com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma  ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de   ler,   eu  nem  notava   as   humilhações   a   que   ela   me   submetia:   continuava   a   implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.
Até  que  veio  para  ela  o  magno  dia  de  começar  a  exercer  sobre  mim  uma  tortura  chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.
Era  um  livro  grosso,  meu  Deus,  era  um  livro  para  se  ficar  vivendo  com ele,  comendo-o, dormindo-o. E, completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança de alegria: eu não vivia, nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e  sim  numa  casa.  Não  me  mandou  entrar.  Olhando  bem  para  meus  olhos,  disse-me  que  havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar,  mas  em  breve  a  esperança  de  novo  me  tomava  toda  e  eu  recomeçava  na  rua  a  andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono da livraria era tranqüilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo.
Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu  sofrer,  às  vezes  adivinho.  Mas,  adivinhando  mesmo,  às  vezes  aceito:  como  se quem quer  me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não  era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando  sob os meus olhos espantados.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo  humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição  muda e diária daquela  menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão  silenciosa, entrecortada de palavras  pouco  elucidativas.  A  senhora  achava  cada  vez  mais  estranho  o  fato  de  não  estar entendendo.  Até  que  essa  mãe  boa  entendeu.  Voltou-se  para  a  filha  e  com  enorme  surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!

Postagem: Silvia de Deus

Dica: Ao clicar no link http://www.4shared.com/get/9i7R-G6h/Monteiro_Lobato_-_Stio_do_Pica.html
você poderá baixar, gratuitamente, o livro As Reinações de Narizinho, no formato doc, 2,304 Kb. É um livro imperdível, receheado de aventuras e ilustrações, em belas histórias contadas por  um de nossos melhores escritores: Monteiro Lobato. Em breve deixarei aqui algumas trechos desta obra. Boa leitura!